15 de julho de 2009

Só necessidade

Já me desliguei das imagens e sons vindos da TV que aliena. Não leio agora aquele livro na tela do computador, que prende minha atenção e me seqüestra para um mundo o qual eu sei perfeitamente não existir, embora me encanta e me salva de todo tédio que me ronda juntamente com tudo de normal na minha vida. Eu gosto do seqüestro que mais me parece fuga.

Na verdade eu me armei de muito papel, muito que será desnecessário, lápis, silêncio vindo do meu quarto numa quase madrugada, músicas que eu sempre escuto, apenas com uma idéia e um só propósito: escrever.

Foi só uma idéia que queimou meu cérebro e que não me levará a lugar algum nem me trará nada. Minhas palavras não darão origem a um livro o qual o objetivo seja encantar com palavras doces como mel, logo isso seria algo grudento que causaria enjoou. Não é preciso escrever para que isso cause algo em alguém ou lhe seja útil., basta que cause qualquer coisa a si próprio.

Em todo caso, só estou fazendo com que o que queimou meu cérebro sem criatividade, queime agora as pautas desse papel por onde o lápis passar. Farei isso ate que qualquer idéia tenha desaparecido completamente, assim a falta do que fazer ou pensar me trará paz, ou não necessariamente.

Só é preciso que a voz alfa que vem de mim, mande o comando e me obrigue a calar tudo isso com um ponto final.

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