"Outono quente
Olho para aquela varanda e sinto o vento quente, nós dois
numa rede, apenas nós dois, somos tudo o que realmente importa. Falamos sobre o
nosso futuro, o quanto queremos estar juntos, ter uma casinha confortável perto
do mar, um cachorro e umas crianças para alegrar ainda mais nossas vidas.
Falamos de como é engraçado a forma como nos completamos e como é gostosa a
sensação de estar bem com quem nos faz bem. A gente ri numa sintonia estúpida e
eu quase consigo acreditar que fomos sim feitos um para o outro.
De repente se faz silêncio, as vozes se calam, as
gargalhadas também, podemos apenas sentir um ou outro e a trilha sonora que tem
a ver com nosso romance está tocando no exato momento em que os olhos se
encontram, inevitavelmente o obvio acontece: um beijo bom, que acorda todo o
meu corpo, as mãos nos cabelos, as pernas entrelaçadas...
Olho para aquela varanda é outono, mas não tem ninguém ali,
não existe rede nem recordações."
Acho cômico e um tanto quanto desastroso histórias e o sentimentalismo do passado ainda me serem úteis hoje em dia.
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