4 de janeiro de 2011

Desabafo.

Sabe, eu queria que a primeira postagem desse ano fosse legal... Queria falar sobre coisas boas, sobre planos e sobre o que eu espero para o ano de 2011. Mas não vai dar.
Preciso dizer o quanto estou cansada!
Eu queria, de verdade, que pelo menos uma unica vez na minha vida as coisas dessem certo e não fosse só por um curto período de tempo.
Eu queria sinceramente arrumar minha mala agora, ligar para minha tia que mora no Rio e dizer: "Tô chegando sem previsão pra voltar."
As vezes eu deveria ser menos covarde, deveria ser forte e enfrentar todos os meus problemas, vencer todos os meus medos... Queria isso de verdade. Mas eu não sou assim, ainda não. Já aceitei ser do tipo que faz pose de durona e distribui sorrisos ensaiados e adora dizer que vai ficar tudo bem e que não precisa se preocupar, mas quando chego em casa o chão se abre e não dá pra conter as lágrimas.
Eu me desespero facilmente quando não consigo dar conta do recado, não sei lidar com pressão, com gente o tempo todo no meu ouvido dizendo pra ser assim, pra não agir de tal forma e que eu sou cega e besta. Já não basta a merda toda tá indo pelo ralo a baixo? Não preciso de ninguém dizendo nada, porque não estão me ajudando em nada. Tem gente que se preocupa de mais e atrapalha, já tem gente que não tá nem ai e machuca.
Queria comprar força, coragem e confiança na farmácia e não me importaria com o preço.
Eu fico me perguntando até quando vai ser assim? Até quando o mesmo filme patético e doloroso vai se repetir na minha vida?
Tô cansada de acreditar nas pessoas, cansada de confiar, de me entregar e só receber decepção em troca, porque mais cedo ou mais tarde é isso o que recebo. Tô cansada de chorar, de não sentir fome, de dormir de mais, de ficar triste e preocupada...
Eu quero sair desse ciclo estúpido de uma hora estar bem, estar feliz, estar completa e na hora seguinte estar sozinha, machucada, decepcionada e completamente louca.
Eu tô desgastada de me decpcionar com amigos, com meus pais, com meu namorado, comigo mesma, principalmente comigo mesma....
As vezes eu encontro motivos, bons motivos, para ter orgulho de mim e chego ate a pensar que as pessoas deveriam me valorizar mais ou pelo menos ver as coisas da forma como eu vejo, porque eu estou certa o tempo todo.
Mas eu trocaria tudo isso, por uma vida suja. Trocaria meu coração por qualquer outra coisa se isso me garantisse paz e bem estar eterno.
Eu toparia até ser um robô. Ser humano tem me desgastado de mais e eu estou lutando pra saber se pelo menos tem valido a pena.
Tem hora que eu penso que preciso muito de ajuda, mas eu olho pra os quatro cantos da minha vida e não vejo nada que possa me ajudar. Meus amigos, se preocupam e me dizem coisas boas, mas palavras nunca solucionam grandes problemas. Então, entre uma crise de choro e horas de sono, eu vou sentar e esperar toda essa tempestade maldita passar. Depois eu volto pra dizer sobre os estragos e como o sol está brilhando de novo. até a próxima tempestade chegar e acabar com tudo de novo


Essa música tem tocado na minha cabeça o dia todo, cada detalhe da letra dela se mistura com meus pensamentos e com tudo o que eu tô vivendo agora. :~

Um comentário:

  1. Hey, filhotinha. Acho que entendo completamente o que você está sentindo. De algum modo, acho nossas vidas um tanto parecidas. Acho que passamos pelas mesmas coisas nas mesmas idades. Posso te dizer: eu sei como você se sente.

    Palavras realmente não consertam nada, como eu sei disso! A maior parte delas só nos faz nos sentir mais e mais derrotadas perante a situação em questão nos fazendo pensar 24 hrs por dia "por que eu não fiz diferente?" Mas a resposta é clara: porque não era para ser diferente.

    Ter 17 anos dói. Estar no ano em que se completa 18 dói mais ainda. É muita pressão. São muitas decisões. E a vontade de jogar tudo para o alto, gritar um grande FODA-SE pra todo mundo, arrumar as malas e sair por aí, só em companhia de si mesma é quase incontrolável. Mas a gente controla, sabe por quê? Pela nossa característica patética de amar demais, se entregar demais, chorar demais e se derreter toda de novo com um simples sorriso alheio, mesmo que seja falso. Pior, mesmo que a gente saiba que é falso.

    A gente faz tudo por mais um minutinho, por mais um segundinho. Aquela coisa de só soltar a mão da pessoa quando já é impossível continuar a segurá-la. Nós somos bestas, filha. Muito. Mas sabe, a gente ter coração. A gente sofre com isso, com certeza, mas aprende um bocado também.

    Tenho duas notícias para te dar, uma ruim e uma boa. A ruim é que infelizmente, isso nunca vai mudar. A gente sempre vai ter essa casca de durona, mulehr decidida e inatingível, e sempre ser uma chorona, romântica e sonhadora. A boa é que isso é o maior ponto positivo que temos, e que demora, mas uma hora chega alguém que reconhece isso, se fascina com nossa personalidade e já sofreu demais na vida pra nos deixar rolar uma lágrima sequer.

    Estou aqui, sempre. Aqui, na casa da frente mais especificamente, nestas férias. Se quiser colo. Se quiser chorar, se quiser conselho... Se quiser ouvir umas histórias aí... Enfim. Saiba que você NÃO ESTÁ sozinha. E que, com certeza, a vida lhe sorrirá. Pode demorar, ou não. Mas continue vivendo, solte-se pro mundo, ele está pronto pra te receber.

    O pranto não desmerece o sorriso. Cada vez que você chora, os seus olhos brilham. Nem tudo está perdido.

    Amo você, se cuida. ;*

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