14 de abril de 2011

Outono nostálgico

Falar de mim sem falar sobre nostalgia não é falar...
Estive pensando durante essas tarde ociosas no quanto 2010 foi um bom ano, talvez o melhor depois de 2008, porque aconteceu de tudo comigo. Encontros, rencontros, idas, relacionamentos, começos, fins, aprendizagem, flores, amores, brigas, conquistas, perdas, músicas, chuvas, sabores, novidades...
Estar encaminhada para alguma direção, ter certezas, ter paz, ter o que fazer as vezes faz falta. Uma rotina normal faz falta, colegas fazem falta, ensino médio faz falta.
Estar onde estou é um pouco desesperador, saber que tudo depende de mim e ao mesmo tempo não depende SÓ de mim. Não ter certeza de onde estarei no segundo semestre me deixa aflita, saber que terei concorrência e que está chegando o tempo em que não terei meus pais comigo todos os dias aumenta meus medos. De agora em diante os amigos vão acabar se separando e não é só mudança de uma escola pra outra, é de um Estado pra outro!
Tento me imaginar numa outra casa, com outras companhias, quem sabe novos amigos, tendo que me virar com roupas, banco, comida, estudos e eu só consigo querer mais do que tinha antes. Tô com saudade da minha rotina chata de acordar cedo e de mau humor, ir à escola, ser avaliada e me preocupar em alcançar as médias, ver todos os dias as mesmas pessoas no ônibus, na escola, no inglês, ter trabalhos e atividades escolares, dormir bem mais cedo, não ver televisão, estar certa que será assim a semana toda e esperar pela folga do fim de semana onde dormir ate meio dia era luxo.
Agora tudo que faço é não fazer nada e o meu comodismo já me incomoda, o meu ócio adorado também incomoda, ver as tragédias pela televisão traz indignação, a necessidade de estar encaminhada para algo é maior que tudo, mas eu estou despreparada e não sei por onde começar a virar gente grande.

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