Além de não optar pelas melhores escolhas, caracterizo-me por não saber expressar-me. Cheguei a essa conclusão depois da criação desse blog.
Sempre que preciso, corro aqui e disparo um amontoado de palavras que ao serem lançadas me trazem certo alívio e fazem todo sentido para mim. Mas quem vem ao encontro delas, buscando respostas não entende nada. É como se eu soltasse uma mensagem da Terra em um planeta estranho.
Preciso explicar que estou falando de B e não de C. Tento dizer com todas as letras cabíveis que estou triste, que estou insatisfeita ou pelo contrário, que está tudo bem e estou cheia de expectativas mesmo que desleais, mas não conseguem me entender. Interpretam meus sinais de maneira erronia, e a culpa deve ser minha por tentar ter cautela.
Às vezes interpretam minha ironia como elogio, típico de pessoas desprovidas de bom senso e uma dose mínima de inteligência, outras interpretam meu cansaço como tristeza e o meu silencio como mau humor.
Não sei me expressar, são poucas as pessoas para as quais eu não preciso explicar o que se passa e porque se passa. Basta olhar para mim e para as coisas ao meu redor que sabem dizer se o que tenho é saudade, se estou sendo infantil ou se só preciso de um abraço.
Às vezes eu quero gritar, bater, chorar, fugir, mas tudo que consigo é ficar ali, respirando fundo sem dizer muita coisa, com sorte ate obtenho sucesso num sorriso ensaiado. Mas se tudo explode, ficam todos assustados e não encontram motivos para tanto.
Fim. Vou dizer mais o que? Poucas pessoas entenderiam.
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