É como se eu trocasse o paraíso pelo inferno, assim de repente, sem consulta, sem pensar, sem razão nem emoção... Simplesmente saísse pela porta, abandonasse as grades que me protegiam, mas que me faziam prisioneira e pesavam sobre mim por algo que não tinha solução. Era fato e era tudo tão estável.
A partir do momento em que dei o primeiro passo, as coisas começaram a mudar, mudaram, cores, mudaram lugares, a respiração mudou, os pensamentos se misturaram, tudo virou um infinito de emoções sufocadas de medos que antes não davam indícios de existir. Tudo virou uma interrogação gigante que vai me engolindo sem dar vestígios do que vai acontecer.
Eu me sinto sozinha, não por não ter ninguém comigo, mas por não ter alguém comigo, por não poder contar com quem eu mais preciso, alguém que eu sempre me permiti acreditar que acontecesse o que acontecesse estaria sempre lá. É, de fato esperar algo das pessoas é assinar o contrato com a decepção. Mas eu me recuso a acreditar nisso, não posso acreditar que justamente com você será assim. Você não é igual a todos os outros, existe algo maior entre nos.
E eu não me sinto na vez de escolher entre o céu e o inferno, eu não preciso. Eu quero apenas que tudo fique bem, que minhas escolhas sejam as certas. Qual o problema em resolver problemas?
Eu tenho medo, medo do abismo que eu posso estar me jogando por ser tão bonito e surreal e que ao mesmo tempo parece tão previsível. É o inferno, todo ilusório...
Onde está o alguém que no lugar de risadas absurdas vai estar ao meu lado, conversando comigo, me dizendo o que pensa, me protegendo? Pensei que éramos anjo uma da outra.
Vão surgindo milhares de perguntas e talvez eu só esteja procurando as respostas no lugar errado.
Enfim, aonde minhas escolhas vão me levar eu não sei, mas espero que em algum lugar alguém esteja pronto para me salvar de mim.
Livrai-me de todo mal. Amém!
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