Não estava tão frio, só o bastante para congelar todos os meus pensamentos.
O vento varria para longe as pessoas, as preocupações, o tédio. A brisa suave ventilava minha alma, fazendo com que eu me sentisse maravilhosamente bem.
Oh sim, a chuva! Não se tratava de uma tempestade com gotas pesadas e furiosas, era uma chuva delicada, gotículas de água sobre o meu rosto, parecia o mais belo espetáculo de balé. Todas aquelas gotinhas, pequenas e incontáveis em sincronia molhavam o meu rosto e a minha roupa.
Eu estava apenas voltando para casa em um anoitecer de uma sexta-feira chuvosa. Mas o meu bairro não era mais um espaço geográfico, é como se não houvesse nada, tudo houvesse sumido e eu estava completamente a sós com a chuva.
Ela foi a companheira ideal e eu não me importaria em sair da rota que o meu subconsciente me mantinha, poderia caminhar a noite toda sem me cansar, sem um rumo, sem ninguém, sem pensar.
Eu iria pra onde os meus passos me levassem, iria sem me importar quando chegar, e ao chegar, ficaria ali parada assistindo as mais lindas bailarinas dando um show para mim, um show de companhia, um show de chuva.
Não Rafha, tu deve ta cansada d'eu vir aqui e dizer que ta lindo o texto, ta lindo, e lindo.. Mas um dia eu vou dizer qual o meu favorito, apesar disso me deixar tão confusa, que cada texto uma riqueza diferente, oun *-*
ResponderExcluirVocê consegui me levar pra chuva, pra noite, pra esse show com cada palavra que eu lia.
Meu parabéns ! ><